domingo, 14 de março de 2010

Sou mais feliz assim...


Sou Paulo Eduardo Fanelli, mas sou conhecido como Paulete, tenho 36 anos.
A minha infância foi muito sofrida, com sete anos via meu pai bater muito na minha mãe, ele
era alcoólatra, meu irmão ficava muito revoltado, mas nós não podíamos fazer nada, que ele quebrava tudo
dentro de casa. Passamos fome, aos 10 anos nós nos mudamos para um sitio, fui trabalhar na roça das sete até 17 horas na enxada, por este motivo, tive que sai da escola na quarta - serie. Anos depois voltamos para a cidade, então fiz o supletivo, quinta e sexta-série juntos. Pelo fato de não ter completado os estudos, tudo fica mais difícil por isso pretendo retomar o que a vida me dificultou. Tenho esperança em dias melhores.
Antes de me assumir como homossexual, achava que era uma doença, tinha medo de que meus pais me colocassem para fora de casa.
Sofri muito preconceito quando contei minha orientação sexual, perdi muitos amigos e continuo sofrendo preconceito onde quer que eu esteja,a sociedade as vezes é cruel, mas não ligo sigo em frente,de cabeça erguida porque sou digno,honesto ,bom de coração,estas virtudes são mais importantes do que meus desejos sexuais, estou mais feliz assim.
Tenho um trabalho que me distrai muito, quando saio de lá, vou ver meus amigos, vou para casa ajudar minha mãe cuidar de meu pai e mais tarde vou auxiliar o Jonas (que deu o depoimento abaixo). Quando disse que era gay para minha família foi muito difícil, somente minha mãe me apoio, me deu força e carinho, meu pai e meu irmão ignoraram e não tocam no assunto até hoje. Isso foi com 17 anos, uma barra! Sofro muito, meu irmão não aceita! O que me mobilizou participar da história da vida do Jonas foi as adversidades que aconteceram com ele, pois perdeu seu pai e daí um mês sofreu um acidente que o deixou tetraplégico, sabendo de seu sofrimento e de sua mãe foi ai, que eu me coloquei a disposição para ajudá-los no tratamento, na recuperação desse que hoje é meu amigo e por este fato continuo até agora. Penso que para sermos completos nessa vida tão difícil, cheia de revezes devemos ser solidários uns aos outros, não importando sua condição.
“Não Importa Sua Orientação Sexual, o Importante é Ser Feliz”

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